Resumo do texto utilizando inteligência artificial.
O outono é o período mais crítico para a produção de pastagens, com escassez e baixa qualidade de forragem devido ao envelhecimento das gramíneas de verão e ao desenvolvimento insuficiente das de inverno.
Essa situação aumenta os custos com ração e silagem, podendo causar problemas de saúde nos animais e queda na produção leiteira.
Planejamento forrageiro é essencial, pois a alimentação representa até 60% do custo de produção, e a produtividade depende das condições climáticas e do tipo de pastagem.
Segundo Jonas Ramon. Parte do texto retirado Boletim de tendências julho 2014 SEBRAE

Abaixo vou citar algumas alternativas para amenizar o vazio forrageiro:
1 Plantio de capineira: o uso de capim elefante para corte ou pastejo pode ser usado no período de escassez, desde que seja deixado para o período crítico, já que produz mais de 90% no verão.
2 Bancos de proteína: feito com a implantação de leguminosas solteiras em áreas específicas, em que o objetivo é melhorar o teor de proteína da dieta dos animais, onde é usada a semeadura de trevos, alfafa, amendoim forrageiro e deixados para utilização no período de transição e por tempo restrito, cerca de 2 horas, pois pode provocar timpanismo nos animais.
Lembre-se leguminosas necessitam de inoculação no plantio.
3 Cana-de-açúcar com ureia: a cana produz alto volume de forragem por hectare, porém, com baixo teor de proteína. A solução é o uso de ureia junto com a cana picada, e é usado 1% da mistura de ureia mais sul fato de amônio, na proporção de 9:1, ou seja, para 100 kg de cana picada, 900 g de ureia e 100 g de sulfato de amônio.
Diluídos e aplicados com 4 litros de água sobre a cana pouco antes de fornecer aos animais. Entretanto, cuidado, pois é preciso acostumar os animais, a ureia intoxica.
4 Diferimento da pastagem: é como se fosse feno em pé, de forma que sejam vedados alguns piquetes, para usá-los no período sem pasto, apenas é suspensa a entrada dos animais em piquetes reserva e há grande acúmulo de pasto, todavia, de baixa qualidade devido ao estágio fisiológico avançado, “pasto velho”.
5 Confecção de silagem: seja de milho, sorgo ou pastagens, a silagem é uma das reservas forrageiras mais utilizadas para a produção de leite, porém, seu custo é alto, cerca de quatro vezes maior do que da pastagem, sem contar que o teor de proteína média é de 7 %, menos da metade do que a proteína do pasto, cerca de 15 %.
6 Confecção de feno: o empresário do leite pode optar por fazer feno da sobra dos pastos no verão ou separar uma parte da área apenas para a produção de feno. Essa alternativa tem um custo alto, mas é uma forragem de alta qualidade e possibilita o armazenamento, assim pode ser utilizado quando for necessário. Normalmente de tifton, jiggs ou de cultivares de inverno Aveia, azevém e trigo.
7 Confecção de Pré-secado: normalmente de tifton, jiggs ou de cultivares de inverno Aveia, azevém e trigo.
8 Consórcio com leguminosas: uma das formas de melhorar a qualidade das pastagens oferecidas aos animais é por meio do consórcio com leguminosas, especialmente trevos, cornichão e ervilhaca, que podem ser implantados sobre as gramíneas de verão e inverno, aumentando muito a proteína na forragem ofertada.
9 Gramíneas anuais de verão: a semeadura tardia, em fevereiro, de gramíneas anuais de verão como o milheto, sorgo e capim sudão, podem suprir a oferta de pastagem. Se o milheto for plantado até o final de janeiro após a silagem de milho, em 60 dias pode-se fazer pastejo.
10 Piquetes de pastagens perenes: pastagens como tifton, pioneiro, mombaça, hermátria, missioneira e braquiária, são pastos de verão que não necessitam de nova implantação, pois são perenes e se houver um elevado número de piquetes, mais de 40, é possível fazer o rodízio mesmo no outono, o que garante pasto por pelo menos mais 40 dias, se o tempo de ocupação de cada piquete for de um dia.
11 Secagem das vacas: alguns produtores têm optado por secar o maior número de vacas nesse período, pois a vaca seca, não produz leite e, por consequência, a necessidade de proteína e energia é menor, facilmente suprida pela pastagem.
12 Descarte de animais: também é nessa época de escassez de pastos que se pode aproveitar para descartar as vacas menos produtivas, velhas e que não emprenham ou possuem mastite crônica. Dessa forma, sobra mais pastagem para as vacas boas que tendem a compensar a produção das que foram descartadas.
13 Milho em alta densidade de semeadura: Essa alternativa está sendo investigada pela Embrapa Trigo e UPF. Trata-se da viabilidade de semeadura de milho grão, recém colhido, de baixíssimo custo, em alta densidade (mais de 150 mil plantas/ha).
Inclusive consorciado com soja anual após a colheita de culturas precoces de verão como: feijão, milho e mesmo alguma soja super precoce, ou áreas de milho e sorgo que foram ensilados. O importante desta prática é ofertar forragem verde, em quantidade e de adequado valor nutritivo para vacas leiteiras em lactação.
Segundo Jonas Ramon. Parte do texto retirado Boletim de tendências julho 2014 SEBRAE
Segundo Cilmara Cristina dos Santos, Jaiarys Capa Bataglin e Edival Sebastião Teixeira. Parte do texto retirado de um artigo Synergismus scyentifica UTFPR, Pato Branco, 06 (2) . 2011 I I I Encontro de Integração Lavoura-Pecuária no Sul do Brasil .
14 Estabelecimento de pastagens perenes consorciadas com milho ou sorgo: Existem alguns experimentos sendo conduzidos visando adaptar o Sistema Santa Fé desenvolvido na região dos Cerrados, no qual se estabelecem junto, com milho e sorgo, espécies de forrageiras perenes de verão, especialmente do gênero Urochloa, antigo Brachiaria.
Dados regionais obtidos por MARIANI (2010) indicam o sucesso de estabelecimento nas entrelinhas de milho de braquiária Marundu e panicuns cultivares
Mombaça e Aruana. O acúmulo de MS após três cortes foi maior com Aruana (5.778 kg/ha) e Mombaça (6.515 kg/ha), em relação a testemunha milheto comum isolado (3.969 kg/ha) e a braquiária cultivar Marandu (2.745 kg/ha). As melhores características quanto a composição de lâminas foliares, colmo-bainha e digestibilidade da matéria seca foram verificadas no colonião cultivar Mombaça.
Segundo Cilmara Cristina dos Santos, Jaiarys Capa Bataglin e Edival Sebastião Teixeira.
Retirado um artigo Synergismus scyentifica UTFPR, Pato Branco, 06 (2) . 2011 I I I Encontro de Integração Lavoura-Pecuária no Sul do Brasil .
15 O uso de Milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS): Alimento muito interessante, pelo custo benefício, espiga inteira, palha e sabugo, moída na forrageira; o que diminui a necessidade de volumoso. Possui valores de 7,50 % PB, 35 % FDN, 68% NDT. Se adiciona sal branco, sal proteinado para melhorar o desempenho dos animais.
Citação acima retirado do livro: Produção de leite à base de pasto em Santa Catarina, p 51
Cordova, U. de A (org) Produção de leite à base de pasto em Santa Catarina, Florianóplis, Epagri, 2012. 626p
Foto abaixo do próprio autor


Foto retirada do site https://br.vazlon.com/compro-milho-seco-em-espiga-fazer-rolao#!
Recomenções do autor do blog:
Otimize e intensifique a produção de pasto com a correção da fertilidade de solo, por isso escolha espécies de pastagens adaptadas e manejo eficiente, como a semeadura tardia de pastagens anuais de verão, antecipação da semeadura de pastagens anuais de inverno ou sobressemeadura de pastagens anuais de inverno sobre pastagens perenes de verão piqueteadas.
Independente das ações do produtor para amenizar o vazio forrageiro
1 O produtor precisar se planejar para realizar este tipo de ações alguns meses antes do plantio, com a compra da semente, adubação, horas de máquina de trabalho, analise de solo.
2 No caso de silagem, arrumar o silo, compra de lona, diaristas
3 No caso para guardar a produção: feno, milho desintegrado, ter ou construir um local adequado ao tamanho da produção que possa guarda a mesma. Cuidados com ratos, umidade e boa ventilação.
Embrapa: Empresa Brasileira de pesquisa agropecuária
UPF: Universidade de Passo Fundo