Resumo do texto utilizando inteligência artificial.
O relatório “O custo do leite: dissecando os custos de produção de leite”, do Rabobank, aponta que o custo médio de produção de leite aumentou 14% entre 2019 e 2024 nas oito principais regiões exportadoras (Argentina, Austrália, China, Irlanda, Nova Zelândia, Países Baixos, Califórnia e Meio-Oeste dos EUA). Mais de 70% desse aumento ocorreu após 2021, devido a fatores como problemas logísticos, guerra na Ucrânia, altos custos de energia, insumos e juros.
Apesar disso, a Austrália segue como uma das pecuárias de leite mais competitivas, atrás apenas da Nova Zelândia, mesmo enfrentando forte alta nos custos de mão de obra (+50% desde 2021). Junto com a Nova Zelândia e os Países Baixos, o país tem mantido margens brutas robustas e menor volatilidade.
A China é a região de maior custo, pois mais de 60% das despesas vêm da alimentação importada. Contudo, quedas nos preços do milho e da soja em 2023-24 melhoraram sua competitividade.
De forma geral, os custos começaram a cair em 2024, puxados pela redução nos preços de ração, fertilizantes e juros. Sistemas baseados em pastagem (Austrália, Nova Zelândia, Irlanda, Países Baixos) seguem mais eficientes em custos, enquanto sistemas intensivos (China e EUA) permanecem mais vulneráveis.
O setor continuará exposto à volatilidade de custos e preços, influenciado por instabilidade geopolítica, inflação, clima e possíveis mudanças no comércio internacional. A China deve seguir importadora de lácteos, mas sua melhora na competitividade pode gerar maior incerteza para os exportadores que dependem de sua demanda.
Fonte: Dairy Global
Traduzido e adaptado pelo Canal do Leite
René Groeneveld Correspondente na Austrália
Texto gerado utilizando inteligência artificial
A produção de leite na Austrália tem se recuperado, mas enfrenta desafios persistentes. A indústria é vista como eficiente, com capacidade de agregar valor e inovar, mas o futuro do setor é incerto devido a fatores estruturais e de mercado.
Produção recente e projeções
- Temporada 2023-2024: A produção australiana de leite alcançou 8,4 bilhões de litros, representando um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior.
- Segundo semestre de 2024: A oferta de leite continuou a crescer. Em outubro de 2024, a produção foi de 917,7 milhões de litros, um aumento de 1,3% comparado a outubro de 2023.
- Primeiro semestre de 2025: A produção acumulada de julho de 2024 a janeiro de 2025 registrou uma queda de 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em fevereiro de 2025, a produção foi de 572,4 milhões de litros, uma queda de 4,8% em relação a fevereiro de 2024.
- Previsões para 2025: O Rabobank prevê aumento da oferta de leite nas principais regiões exportadoras em 2025. No entanto, analistas alertam para a possibilidade de excedentes e pressão sobre os preços globais.
Desafios para o setor
- Queda no preço do leite ao produtor: Grandes laticínios australianos reduziram os preços de compra do leite, o que afeta a rentabilidade e a sustentabilidade dos produtores.
- Cenário de crise em 2025: Analistas apontam que a indústria enfrenta uma “tempestade perfeita” devido à queda na produção, volatilidade de preços e problemas estruturais. A crise ameaça o futuro do setor, principalmente com a pressão sobre os preços, que podem cair em 2025.
- Declínio no número de fazendas: A Austrália tem observado uma diminuição no número de produtores de leite.
- Sustentabilidade a longo prazo: Apesar dos ganhos de curto prazo em 2024, há obstáculos de longo prazo, como as secas e o declínio no número de fazendas, que ameaçam a produção.
- Impacto de empresas multinacionais: A saída da Fonterra da Austrália em 2024 é citada como um fator de incerteza para o cenário de laticínios no país.
Oportunidades e eficiência
- Potencial de crescimento: Apesar dos desafios, a Austrália é vista como um país eficiente na produção de leite, com capacidade de agregar valor aos produtos.
- Inovação e valor agregado: Produtores buscam explorar oportunidades para agregar valor e se diferenciar no mercado global.
- Tecnologia e genética: Projetos como o DairyBio visam desenvolver vacas mais lucrativas, aumentando a eficiência e a rentabilidade.
- Eficiência e competitividade: Apesar do aumento global nos custos de produção, a Austrália se mantém como um dos produtores de menor custo, atrás apenas da Nova Zelândia.
- Desafios: Os principais desafios incluem o aumento dos custos de produção devido à interrupção da cadeia de suprimentos, custos de transporte, eventos climáticos extremos, aumento dos preços da energia, alimentos e fertilizantes, e falta de mão de obra.
- Foco em valor agregado: A Austrália se destaca na produção de whey protein e outros derivados de leite, mostrando uma estratégia forte de agregar valor aos produtos agrícolas.
- Inovações e estratégias:
- Raça Jersey: A raça Jersey é vista como uma opção lucrativa e sustentável devido à sua fertilidade, tolerância ao calor e eficiência na produção.
- Sistema de estação de monta: Um sistema de estação de monta, que sincroniza o período de reprodução para que os partos ocorram em um curto período, está sendo utilizado para facilitar o manejo.
- Contratos diretos: Redes de supermercados, como a Coles, estão firmando contratos diretos com produtores, oferecendo preços fixos para garantir a estabilidade financeira e planejamento.
- Consumo doméstico: A maioria dos australianos continua consumindo leite de vaca, com apenas uma pequena porcentagem utilizando exclusivamente alternativas vegetais.
- Clima: O clima quente é uma vantagem em relação a outros países, embora exija estratégias como sombreamento e ventiladores para manter o bem-estar das vacas e a produção leiteira no verão.
Fotos cedidas por Rafael Maciel da Silva Zotecnista que está fazendo intercâmbio na Autrália


Recomendações do autor:
Sendo na Austrália e no Uruguai o sistema de trabalho com produção de leite é parecido, eficiente e econômico.
Algo tem de importante na Austrália que podemos copiar e implantar no Brasil.
Os produtores precisam e muito necessário se unirem e se organizarem mais criando formas que seja com menores custos principalmente com a dietas ou alimentação dos animais.
Acredito muito no sistema semiconfinamento com as vacas com liberdade de ir a pastagem e voltar para as instalações quando tiver a vontade.
Eleger políticos focados para a melhoria do agronegócio brasileiro.