A Irrigação e o seu uso

O ser humano não vive sem água e com as plantas não é diferente. Elas necessitam de água para crescer e se desenvolver.

Então, para que uma plantação evolua de forma adequada e gere produtos de alta qualidade é preciso observar as condições climáticas, o tipo de solo e a cultura cultivada, avaliando a quantidade de água para suprir carência da lavoura.

Nesse momento entra a irrigação, extremamente necessária para que as plantas recebam a quantidade de água de que precisam, na frequência ideal.

A irrigação é uma técnica capaz de proporcionar o aumento da produtividade e da qualidade dos produtos agrícolas, sem falar da redução dos riscos de perdas da produção, ocasionados por períodos de estiagem.

Mas, para isso, a irrigação deve ser conduzida de maneira eficiente. Muitas vezes, o produtor acha que basta adquirir um

sistema de irrigação para obter elevados níveis de produtividade, esquecendo-se que é preciso adotar técnicas que possibilitem aplicar a água no momento certo e na quantidade necessária para suprir as exigências das plantas.

Retirado do site https://www.cpt.com.br/noticias/voce-nao-pode-perder-o-nosso-novo-ebook-guia-basico-para-irrigacao

Muitas pessoas percebem a irrigação como se estivessem visualizando um ‘iceberg’: enxergam apenas a ponta emersa (o elevado consumo de energia e de água, o dano ambiental) e não vêem os benefícios (a maior produção de alimentos, o desenvolvimento regional).

Estes benefícios podem ser gerados tanto na produção de grãos ou outros produtos para alimentação humana e animal, quanto na produção de pastos.

Pastagens são formadas por plantas forrageiras com características diferenciadas quando comparadas às culturas produtoras de grãos: podem ser nativas ou cultivadas, de uma única espécie (singulares) ou por duas ou muitas espécies (consorciadas ou associadas), porém, em menor ou maior grau, são sensíveis aos níveis de umidade no solo.

Quando estes níveis atingem faixas inadequadas, ocorrem reduções significativas no acúmulo de matéria seca, com a consequente redução no rendimento de produto animal (carne e leite) por animal e por área (FONTANELI et al., 2007). No caso a irrigação vai dar uma ajuda para que este tipo de situação não aconteça ou que seja mais aliviado possível. 

Verificada a ocorrência de déficit hídrico, a viabilidade inicial do projeto pode ser determinada por uma equação simples: o custo de aquisição e operação do equipamento que se deseja implantar deve ser inferior à soma dos prejuízos gerados pelas estiagens com o lucro que poderia resultar de uma pastagem com qualidade superior à que se possui.

Neste aspecto, saliente-se a importância de observar o nível tecnológico da propriedade: a aquisição de um equipamento caro como é um conjunto de irrigação não tem o dom de transformar um mau produtor em um produtor de ponta, porém com certeza vai lhe deixar uma dívida a ser paga.

Parte do texto retirado do site: https://www.cnpt.embrapa.br/biblio/li/li01-forrageiras/cap17.pdf

O dimensionamento de um sistema de irrigação engloba muitos pontos. O engenheiro-agrônomo responsável pelo projeto avalia o tipo de solo, tipo de lavoura, fase de desenvolvimento da cultura e recomenda o momento da aplicação.

Quando bem dimensionado, o projeto evita o escorrimento superficial de água ou encharcamento e reduz em quase 100% os danos causados pela estiagem.

Além disso, a água que não é absorvida pelas plantas, volta para o ciclo natural da água, não havendo desperdício desse recurso natural tão importante.

O extensionista explica que, de maneira geral, em Santa Catarina chove mais do que as culturas necessitam, mas de maneira desuniforme, sobrando em alguns momentos e faltando em outros.

A Epagri orienta que a água da chuva seja captada por meio de reservatórios, mas também

pode ser retirada de açudes e rios com o devido licenciamento ambiental e outorga de uso da água, conforme a legislação determina.

Filipe alerta para a compra de equipamentos sem ter como base um projeto. “Muitos agricultores estão vindo ao escritório em busca de orientações para ajustes de equipamentos existentes na propriedade.

O pessoal acaba comprando bomba, tubulações, aspersores fora do padrão e

precisa de ajuda para colocar em funcionamento. Nesses casos é difícil o técnico resolver muita coisa.”

A orientação da Epagri é procurar por um engenheiro agrônomo para que seja realizado o projeto, o licenciamento ambiental, a outorga de uso da água e que se priorize a reservação de água.

A secretaria da agricultura oferece uma linha de crédito especial para investimentos em sistemas de abastecimento de água. São oferecidas linhas de apoio à construção de cisternas e sistemas de abastecimento

O projeto Irrigar é uma delas e tem como objetivo incentivar a irrigação das lavouras e pastagens, envolvendo o armazenamento de água em tanques escavados ou ainda em pequenos barramentos e os equipamentos necessários para captação e distribuição da água, obrigatório para irrigação.

Parte do texto retirado do site: https://www.epagri.sc.gov.br/estiagem-faz-a-demanda-por-sistemas-de-irrigacao-aumentar-no-sul-do-estado/

irrigação da pastagem pode reduzir custos de produção e tempo de trabalho para alimentar o rebanho, comparada a outras alternativas de suplementação no outono-inverno, tais como a silagem e o feno, conforme a figura a seguir.

Isso ocorre pela utilização de menor área, uso de água de baixa qualidade e possibilidade de prolongar o período de pastejo durante a estação seca.

Os demais cuidados relativos ao planejamento da propriedade, a genética animal, o manejo do rebanho, a recuperação e a adubação das pastagens já devem ter sido tomados.


Irrigação em aspersão em malha

Tem como características principais a utilização de tubos de PVC de baixo diâmetro, que constituem as linhas laterais que, ao contrário da aspersão convencional, são interligadas em malha.

Além disso, possui baixo consumo de energia; adaptação a qualquer tipo de terreno; possibilidade de divisão da área em várias subáreas; facilidade de operação e manutenção; possibilidade de fertirrigação e baixo custo de instalação e manutenção.

Foto retirado do site: https://dicas.boisaude.com.br/irrigacao-de-pastagem-por-aspersao/

Irrigação com pivô central

É o equipamento mais utilizado na irrigação de pastagem, devido às facilidades de instalação, manejo e fertirrigação. Além disso, este sistema permitiu a automação de todo o processo. Tem custo de instalação de R$ 4.000,00 a R$ 5.000,00.

A divisão da área em piquetes tem sido realizada de formas diferentes. Algumas favorecem o manejo da pastagem e dos animais e outras favorecem o manejo da irrigação e da fertirrigação.

É realmente difícil encontrar uma maneira que favoreça as duas situações. A mais utilizada é a forma de “pizza”, pois dentre outras coisas, favorece em muito o processo de fertirrigação.

A área de lazer pode ser feita no centro ou na periferia do pivô. Quando instalada no centro, têm-se observado problemas de compactação na região de estreitamento e formação de grande quantidade de lama na ocasião de uma chuva.

A vantagem é a facilidade, construção, manejo, distribuição de bebedouros e cochos de sal mineral.

A técnica de irrigar pastagens possibilita uma melhoria na qualidade da forragem e um aumento significativo na produção de matéria seca por área, com consequente acréscimo na taxa de lotação (UA/ha), proporcionando a obtenção de índices satisfatórios de lucratividade, tornando a

atividade altamente competitiva no agronegócio nacional.

Parte do texto e fotos retirados do site: https://rehagro.com.br/blog/irrigacao-de-pastagens/

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