Utilizando a CCS e CBT para monitorar a qualidade do leite

Texto gerado utilizando inteligência artificial

A CCS (Contagem de Células Somáticas) e a CBT (Contagem Bacteriana Total) são usadas para monitorar a qualidade do leite, onde a CCS indica a saúde da glandula mamária do animal, sendo um indicador de mastite, enquanto a CBT mede a proliferação bacteriana total, influenciada pela higiene na ordenha e no resfriamento.

Monitorar esses indicadores ajuda a identificar problemas, implementar melhorias e garantir a qualidade do leite e dos seus derivados, pois altos valores de ambos os parâmetros impactam negativamente a produção e o rendimento. 

Como a CCS e a CBT monitoram a qualidade do leite: 

Contagem de Células Somáticas (CCS)

  • Indicador de saúde: A CCS reflete o estado de saúde da glândula mamária. Quando há inflamação ou infecção, como a mastite, o número de células somáticas no leite aumenta significativamente. 
  • Impacto direto na qualidade: Altos valores de CCS resultam na diminuição da produção de leite, alterações nos componentes (como lactose e gordura) e podem interferir nos processos tecnológicos e na qualidade dos derivados. 
  • O que fazer: Para reduzir a CCS, é necessário implementar um programa de controle da mastite na propriedade, que inclui cuidados com a saúde do rebanho e o monitoramento individual dos animais. 

Contagem Bacteriana Total (CBT)

  • Indicador de higiene: A CBT indica a quantidade total de bactérias presentes no leite, sendo um reflexo direto da higiene durante a ordenha, limpeza dos equipamentos, resfriamento e transporte. 
  • Impacto direto na qualidade: Altos valores de CBT podem levar a alterações no sabor, redução da vida de prateleira e problemas na fabricação de derivados. A proliferação bacteriana pode ocorrer se o leite não for resfriado rapidamente e mantido na temperatura correta. 
  • O que fazer: Para reduzir a CBT, foque em melhorias de higiene na fazenda, como:
    • Resfriamento rápido do leite. 
    • Higienização adequada dos equipamentos de ordenha e do tanque de resfriamento. 
    • Utilização de água com boa qualidade. 
    • Boa higienização dos tetos e das mãos do ordenhador. 

Resumo do texto utilizando inteligência artificial.

Escrito por Marcelo de Paula Xavier*, baseado em artigo do Prof. Dr. Marcos Veiga dos Santos.

A partir da década de 1990, o leite do tanque de expansão passou a ser utilizado como ferramenta de diagnóstico da qualidade do leite e monitoramento da mastite. Um estudo realizado na Pensilvânia (EUA), com 149 rebanhos ao longo de dois anos, avaliou CCS, CBT e agentes causadores de mastite, além de práticas de manejo e ordenha.

  • CCS (Contagem de Células Somáticas): média de 315.000 cel/ml.
    • Grupos: baixa (<200.000), média (200.000–400.000) e alta (>400.000).
    • Relação direta com a presença de estafilococos coagulase-negativos (ECN) e, em níveis mais elevados, com agentes contagiosos como S. aureus e S. agalactiae.
    • Rebanhos com camas inorgânicas (areia) apresentaram CCS menor que os com camas orgânicas.
  • CBT (Contagem Bacteriana Total): média de 4.300 ufc/ml (boa higiene).
    • Categorias: baixa (<5.000), média (5.000–10.000) e alta (>10.000).
    • CBT associada a ECN e estreptococos ambientais.
    • Rebanhos com pré e pós-dipping apresentaram menores contagens bacterianas que aqueles que usavam apenas spray.
  • Fatores de elevação da CBT: falhas de higiene na ordenha, tetos sujos, equipamentos mal higienizados e resfriamento inadequado.
  • Recomendações:
    • Pré e pós-dipping são fundamentais para reduzir microrganismos nos tetos e o risco de mastite.
    • O monitoramento de CCS e CBT do tanque, distribuídas em categorias, auxilia na identificação de falhas de manejo e controle de qualidade do leite.

Referência: Journal of Dairy Science, v. 87, p.3561-3573, 2004.

*Marcelo de Paula Xavier, produtor rural, formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, com Mestrado em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi presidente da Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil por dois mandatos.

Texto retirado do site: https://canaldoleite.com/artigos/utilizando-ccs-e-cbt-para-monitorar-a-qualidade-do-leite

Recomendações do autor:

Produtor deve procurar um profissional com experiência para realizar um checagem na propriedade para verificar se todos os intens estão sendo realizado conforme a orientação técnica.

1 Manutenção do equipamento de ordenha;

2 Rotina da ordenha Horários, pessoas;

3 Caminho das vacas até a sala de ordenha que esteja limpo, sem pedras, arames, cachorros;

4 Lavagem dos tetos se necessário;

5 Pré-dipping; 

6 Teste da caneca de fundo preto;

7 Identificação individual dos animais que estão com mastite;

8 Secagem dos tetos com papel toalha;

9 Tempo de ordenha e retirada da ordenha;

10 Pós dipping;

11 Após a ordenha pelo menos um min em pé, fazer a dieta ajuda manter o animal em pé e fechar o esfíncter;

12 Uso dos antibióticos;

13 Terapia vaca seca; 

14 Descarte de animais crônicos;

15 Limpeza e higienização da ordenhadeira e instalações;

16 Vacinação contra mastite;

17 Ambiente dos animais sala de ordenha ou sala de espera tranquilo sem barulho, sem calor e instalações adequadas; água a vontade e 

18 Alimentação dos animais após a ordenha.  

19 Local onde os animais vão descansar após a ordenha esteja com pastagem.

Foto retirado do site: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/uma-vaca-marrom-pastando-em-um-campo-de-grama-verde-yk8uX8Kc8w8

 Roger Starnes Sr

bettiovanio

Uma idéia que saiu do papel após um longo tempo de experiência vivida no meio rural.Sabendo dos seus desafios e procurando encontrar uma saída para ajudar o produtor rural a ganhar conhecimento e ao mesmo tempo levando informações as pessoas que não tem o convívio do meio rural explicando como é a realidade do nosso produtor rural.Como realmente acontece a produção de um litro de leite, um kg de carne, uma bandeja de ovos entre várias fontes de alimentação que estão em nossa mesa todos os dias.

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