Resumo do texto utilizando inteligência artificial.
Escrito por Marcelo de Paula Xavier*, baseado em artigo do Prof. Dr. Marcos Veiga dos Santos.
A partir da década de 1990, o leite do tanque de expansão passou a ser utilizado como ferramenta de diagnóstico da qualidade do leite e monitoramento da mastite. Um estudo realizado na Pensilvânia (EUA), com 149 rebanhos ao longo de dois anos, avaliou CCS, CBT e agentes causadores de mastite, além de práticas de manejo e ordenha.
- CCS (Contagem de Células Somáticas): média de 315.000 cel/ml.
- Grupos: baixa (<200.000), média (200.000–400.000) e alta (>400.000).
- Relação direta com a presença de estafilococos coagulase-negativos (ECN) e, em níveis mais elevados, com agentes contagiosos como S. aureus e S. agalactiae.
- Rebanhos com camas inorgânicas (areia) apresentaram CCS menor que os com camas orgânicas.
- CBT (Contagem Bacteriana Total): média de 4.300 ufc/ml (boa higiene).
- Categorias: baixa (<5.000), média (5.000–10.000) e alta (>10.000).
- CBT associada a ECN e estreptococos ambientais.
- Rebanhos com pré e pós-dipping apresentaram menores contagens bacterianas que aqueles que usavam apenas spray.
- Fatores de elevação da CBT: falhas de higiene na ordenha, tetos sujos, equipamentos mal higienizados e resfriamento inadequado.
- Recomendações:
- Pré e pós-dipping são fundamentais para reduzir microrganismos nos tetos e o risco de mastite.
- O monitoramento de CCS e CBT do tanque, distribuídas em categorias, auxilia na identificação de falhas de manejo e controle de qualidade do leite.
Referência: Journal of Dairy Science, v. 87, p.3561-3573, 2004.
*Marcelo de Paula Xavier, produtor rural, formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, com Mestrado em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi presidente da Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil por dois mandatos.